
Além das reivindicações sobre os direitos básicos da nossa sobrevivência; Emprego, educação, saúde, cultura e lazer, os negros na periferia sempre se posicionaram em relação aos órgãos de segurança pública, denunciando as inúmeras agressões sofridas diariamente dentro das periferias, onde os representantes desses órgãos, o policial que é preparado meses e meses na academia, agem com grande violência e desprezo com a classe trabalhadora, como aconteceu no assassinato do operário da construção civil, que foi brutalmente assassinado com cincos tiros semanas atrás pela polícia(foto a cima), e como continua acontecendo, principalmente, com os jovens negros nas periferias brasileiras. Isolado do convívio da dita sociedade organizada, por não ter uma educação de qualidade e multi-plurietnica, que venha discutir as diferenças étnicas e o papel de cada grupo dentro dessa sociedade, tendo apenas um padrão educacional do ponto de vista branco, europeu, que ver os povos não brancos como inferiores, o jovem negro se evadir do espaço escolar, indo sobreviver como pode dentro das periferias, que padece das estruturas sociais do estado, mas viver cercada pela polícia, racista e preconceituoso para com o povo negro. Banalizamos a pobreza a tal ponto, que não nos indignamos com o estado de penúria social em que se encontra o nosso estado,“De tanto vermos tudo não distinguirmos nada”, ficando apático com a violência social e policial em nossas comunidades e com as noticias de corrupção em nosso país, que vive a propagandear o mito da democracia racial, maquiando e escondendo a realidade da população negra, indígena e mestiça dentro das periferias. No último senso do IBGE, divulgado há poucos dias, os dados sobre violência mostra que os homens morrem mais que as mulheres, fazendo a relação de gênero que também tem grandes desigualdades no Brasil, omitindo os dados sobre a violência em relação à raça, pois pra nós organizados no movimento hip hop Quilombo Urbano, quem esta morrendo pela violência é o jovem negro, é o jovem pobre, é o jovem mestiço da periferia, como mostra um estudo sobre a violência no Brasil; “Já entre os negros, o número de vítimas de homicídio aumentou de 26.915 para 32.349, o que equivale a um crescimento de 20,2%. Com isso, a brecha que já existia em 2002 cresceu mais ainda e de forma drástica...ou seja, morrem proporcionalmente 67,1% mais negros do que brancos”³. Vivendo neste estado de violência social, sem emprego, sem espaço pras práticas de esporte, sem incentivo a educação, o jovem negro acaba indo para as ruas de sua comunidade sobreviver como pode de bico, tentando ganhar o seu pão do dia. Tendo como pouca pratica de lazer, o futebol, jogado na rua por não ter espaço adequando para jogar, onde muita das vezes a bola é levada pela policia, sobre o pretexto de não poder jogar na rua, como se tivéssemos espaços adequados, onde se alguém expressar alguma atitude contra é agredido, no bairro da Liberdade, os policiais cabo Cross e cabo Marco, não hesitam em lhe ameaçar ou lhe agredir nas revista caso questione o porque da abordagem, onde já que não temos espaços para desenvolver cultura e lazer, até o theato padre Aroldo, fechou a porta para a comunidade, servindo agora como abrigo da policia, levando muitos jovens a revoltar com essa criminalização. Já que a educação não revolver, as perguntas sobre a nossa existência, sobre a nossa sobrevivência, não explica nada sobre nossa realidade. O porque de sermos negros, porque da pobreza que nos cerca, o porque de sermos jovens e termos que trabalhar tão cedo, diferente dos jovens brancos que estudam até se forma, o porque da violência policia em nosso meio, muitas perguntas sem resposta, acabam levando os jovens a se revolta, jogando a sua revota no crime, sendo seduzido pelo dinheiro para atender a sua necessidades. Para nos da posse de Hip Hip Liberdade sem fronteiras, já sabemos a mile anos que o crime não ira revolver nossa demanda de reivindicações dentro dessa sociedade fundada na opressão do povo indígena e negro, mas não podemos ver os negros que estão no crime, simplesmente como “bandidos em potencial” e como problema de polícia, pois estão ideologicamente dominados servindo de bucha de canhão no crime e na guerra interna dentro das periferias, que só tem tirado a vida de negros e pobre excluídos dos meios de produção, se vendo como inimigo, indo de contra a nossa libertação.
P/ Sonianke, Posse de Hip Hop Liberdade Sem Fronteitas e do grupo de rap Dialeto Preto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário