30 de ago. de 2013
8 de ago. de 2013
Nós do movimento de hip hop Quilombo Urbano, viemos a público, denúncia os atos de violência, discriminação racial na Câmara de vereadores de São Luis.
Ontem foi o dia da assembleia popular na Câmara de vereadores
São Luis, assembleia esta que foi marcada, devido à ocupação da Câmara, onde o coletivo
de ocupação estaria sendo representado por uma comissão de 10 pessoas, sendo
três na mesa de coordenação e sete com direito a voz no plenário, acordo feito
com o vice-presidente da casa em exercício e firmado em documento. A assembleia
estava marcada para as 10h00min as da manhã, sendo que ao chegamos ao local,
fomos impedidos pelos seguranças da Câmara de entra no espaço do plenário e da
galeria. Sendo que a galeria do Plenário já estava ocupada por seguranças(policias
infiltrados) e assessores dos vereadores
que usaram como tática de manobra ocupação o espaço para impedir que a
população não tivesse acesso. Na entrada
da Câmara já fomos recepcionado de forma truculenta pelos seguranças e guardas
municipais, onde um guarda municipal jogou spray de pimenta nos manifestante,
que queria apenas entra na Câmara para participar da assembleia, que ate o
momento não tinha nada de popular. Depois de muita manifestação na entrada, a
comissão de negociação conseguir entrar, sendo que no espaço da galeria, as
pessoas que conseguiram entrar, ficaram o tempo todo sendo intimidados e
ameaçados pelos seguranças. No inicio da assembleia, os vereadores questionados
sobre os seus trabalhos na casa, se comportavam com extremo autoritarismo sobre
os questionamentos e reivindicações feitos pelos representantes do coletivo,
como no ponto da transparência e abertura das contas da casa, onde vereador
Sergio Frota perdeu o controle e começou fazer acusação aos representantes do
coletivo, chegando ao ponto de exigindo para Reginaldo o único negro coletivo,
o seu atestado de antecedentes criminais, apontando o dedo em direção, onde estava esperando o seu
direito a voz. O coletivo de ocupação entendeu que o ato do vereador Sergio Frota,
com o companheiro Reginaldo, foi um ato de discriminação racial, onde Reginaldo
é o único negro da comissão de negociação, o fato de ter sido questionado os
seus antecedentes criminais, foi associado à cor de sua pele, onde no seu
subconsciente racista, do vereador, todo o negro é bandido, todo negro tem
problemas com a policia, e discriminação pela cor da pele, pela sua condição
sócio-racial é racismo, e racismo é crime. Onde não foi só o racismo do
vereador Sergio Frota que vieram a toda, mas também as práticas machistas e de
abuso praticas pelos seguranças dos vereadores, na hora que foi encerrada a sessão,
passando a agredir os manifestantes, que estavam na galeria, como pegar nas
partes intima das mulheres que estavam saindo da galeria. A assembleia popular
de ontem, só mostrou de que forma os vereadores estão representando a população de são Luis,
onde a democracia só esta em escrita em papel, pois podemos ver e sentir na
pele as práticas autoritárias dos parlamentares, chegando ao ponto do
presidente da casa, vereador Pereirinha, mandar os seguranças, retirar da
galeria, a um manifestante que estava apenas levantando cartaz, com frases como
”eu já sabia, é só ilusão”, onde no próprio regimento interno da casa, garante
esse direito de se manifestar na galeria através de cartazes, onde esse direito
também não foi respeitado pelos vereadores que parecia esta numa redoma de
vidro intocável. Informamos que, as providência legais já foram tomadas, sobre as
agressões e a discriminação a Reginaldo. Deixamos aqui o nosso repúdio a esse
tipo ditador e opressor de se fazer política.
1 de ago. de 2013
Ocupar e Resistir.
O movimento de hip hop organizado Quilombo Urbano, e movimento
Nacional Luta Popular, estivemos presente na ocupação da Câmara de vereadores
de São Luis, juntos com os moradores da Vila paco, estudantes da Ufma e do
ensino médio, militantes de diversos Movimentos Sócias, e a Central Cindical e
Popular Csp Conlutas, na ocupação da Câmera de vereadores de São Luis.
Reivindicando emergencialmente a melhora das estruturas das comunidades como a
Vila Paco, que desde fevereiro deste ano esta com os moradores habitando em
tendas, abandonados pelos poderes públicos depois de uma enchente que inundou
as casas da comunidade. Ainda na pauta emergencial, esta a melhoria do
transporte coletivo na capital, a real efetivação dos projetos de mobilidade
urbana, por um plano emergência de obras publicas que atendam as demandas das
comunidades de periferia, em torno de educação, emprego, saúde, transporte,
moradia, saneamento, creches e espaços sócio educativos para realizações de
cultura e lazer. Transparência dos gastos com transporte público e
Regularização Fundiária. O movimento já alcançou algumas vitórias! Mesmo em
recesso, alguns vereadores estiveram no local e ouviram as pautas de
reivindicações. Mesmo contrariados os vereadores, fora obrigados marca uma
assembleia popular para o dia 07 de agosto na volta do recesso, com 10
representantes do movimento de ocupação, sendo três na mesa de coordenação e 7 com
direito a voz no plenário, para se discutir os três pontos de reivindicações;
Mobilidades Urbana, Regularização Fundiária, Abertura das contas das empresas
de transporte público, sendo que a população estará presente acompanhando a assembleia
na galeria da câmara através de um telão no pátio interno da câmara. Acreditamos
que é um direito legitimo da população,
ocupar e tomar posse daquilo que por direito e seu. Nos sete dias de
ocupação, teve 7 assembleias populares sobre a sistematização das pautas de
reivindicações, 3 aulas publicas, debate sobre opressões, a exibição do filme Uma
Onda no Ar, radio favela, resgatando a importância das rádios comunitárias, e
um grafiti feito pelos grafiteiros do Quilombo Urbano, com o titulo de “Ocupar
e Resistir. Nas negociações, os vereadores, exigiram a desocupação da câmera ao
firmarem compromisso documentado, da realização de uma assembleia popular para
o dia 07 de agostos, onde o coletivo de ocupação a ser reunir em assembleia, e decidiu desocupar a Câmera no dia 29, saindo
em passeata, fazendo um ato de passe livre com catraca zero, no terminal de
integração da praia grande chamando a população para entrar sem pagar passagem,
e convocando a população, a esta presente no dia, 07 de agosto às 10:00hs na
assembleia popular, na Câmera de vereadores de São Luis.
Encontro do movimento Quilombola da baixada Ocidental-MOQUIBOM em Santa Helena-MA.
O movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, e o movimento de
hip hop Quilombo Urbano, participaram do Encontro das Comunidades Quilombolas
da Baixada Ocidental na sede da pastoral da terra em Santa Helena-Ma,
organizado pelo MOQUIBOM e a Pastoral da Terra, para se discutir a implementação da lei 10.639
e 11.645 nos municípios. Onde estiveram presentes 42 comunidades Quilombolas,
de 16 municípios da baixada maranhense, gestores de educação e professores da
rede publica de ensino. O encontro aconteceu na semana passada, dia 22, e foi
até o dia 26 de julho. Na terça feira dia 22, fomos convidamos para esta numa
roda de debates, sobre a Implementação das leis, junto aos municípios.
Ao
chegamos ao local do encontro, fomos recepcionados aos cantos de boas vindas,
das pretas e pretos velhos e aos sons de tambores e atabaques, nos fazendo nos
sentir a força e a energia de nossa ancestralidade.
Na parte da manhã professora Claudicéa Durans do Quilombo Raça e Classe, foi excelente ao apresentar no encontro, o trabalho da professora Maria da Guia sobre o tema; A implementação das leis 10.639 e 11.645, fazendo um resgate histórico do processo escravista no Brasil, da educação eurocêntrica imposta pelas elites dominantes, da negação das histórias dos povos negros e indígenas, na historiografia brasileira, e de como a população negra foi impedida de ter acesso a educação no período colonial e pós-abolição com leis e decretos.
Na parte da manhã professora Claudicéa Durans do Quilombo Raça e Classe, foi excelente ao apresentar no encontro, o trabalho da professora Maria da Guia sobre o tema; A implementação das leis 10.639 e 11.645, fazendo um resgate histórico do processo escravista no Brasil, da educação eurocêntrica imposta pelas elites dominantes, da negação das histórias dos povos negros e indígenas, na historiografia brasileira, e de como a população negra foi impedida de ter acesso a educação no período colonial e pós-abolição com leis e decretos.
As comunidades Quilombolas mostraram-se bem
conscientes sobre o que querem com a implementação das leis, e uma grande
preocupação no resgate histórico sobre a territorialidade regional; história,
cultura, religião, e linguas das comunidades Quilombolas e Indígenas, e de que
forma esses matérias didáticos e paradidáticos estão sendo produzidos. Na parte
da tarde a roda de debate continuou, onde foi proposto pela professora Claudicéa, a construção de um fórum
permanente, para se discutir junto com as comunidades tradicionais Indígenas e
Quilombolas, os gestores de educação dos municípios, os movimentos sócias e a
sociedade civil organizada, a produção do material didático e paradidático
a ser trabalhado nas salas de aula e a efetiva implementação da lei nos
municípios. No final da tarde tivemos um resgate histórico sobre identidade,
Brasil-África com Sonianke do Quilombo Urbano, fazendo um resgate da África
antes do processo escravista e a quebra do seu decurso de desenvolvimento, de
como a população negra, se organizou perante a escravidão, encerado a nossa
participação, com canção pretas raízes do grupo de rap Dialeto Preto, num
momento bastante emocionante, nos fazendo sentir felizes pela nossa humilde contribuição
ao encontro, e a manutenção de nossa luta pelo fim do racismo, do machismo e
da homofobia, e pelo respeito às diferenças étnicas.
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