“Sou descendente de africanos
escravizados no Brasil
construirmos
esse país
mas
ninguém viu”
Se passando 71 anos da criação das leis trabalhistas, as
condições que se encontram os trabalhadores brasileiros negros, indígenas e
brancos pobres, num sistema Capitalista semi-colonial, que reproduz relações de
trabalhos e conotações do tempo da escravidão, ainda é alarmante. Na construção
civil não é diferente, a hierarquia que se tem nas funções, acaba levando a
submissão, as funções menos valorizada, como a dos profissionais; carpinteiro,
armador, pedreiro, eletricista e ajudantes, que recebem salários que não
condizem com sua força de trabalho exercida, sendo os que mais trabalham numa
construção, tendo que estado disposto a fazer de tudo um pouco, onde a maioria
são negros, índios e mestiços, ficando a submissão, de quem esta no cargo mais
elevado, onde nas maiorias das empregas, são brancos, que estão como
engenheiro, arquitetos, edificadores e encarregado. Se comparando aos três
grupos Étnicos que formaram o Brasil, Europeu(branco), Mongolóide(indígenas) e
Negróide(Negros), segundo a visão eurocêntrica, essas desigualdade reflete na
educação de cada grupo e na distribuição de renda no Brasil, que priva alguns
grupos Étnicos a terem acessos aos cargos mais elevados, devido o seu grau de
instrução e as condições de estudo, devido o período colonial, onde os negros e
os indígenas não podiam estudar, enquanto os brancos continuavam estudando e se
desenvolvendo, assim assumindo os cargos após a abolição, que no tempo da
escravidão eram ocupados pelos povos escravizados. Uma pesquisa feita em
Pernambuco mostra que no século XIX, após a abolição da escravidão, se tinha
mais negros como engenheiro do que neste século. Hoje o Brasil é um canteiro de
obras, com as reformas para a copa do mundo, e as construções nas grandes
cidades pela reforma imobiliária empreendida pelo presidente Lula, que no plano
político serviu mais para tirar os Estados Unidos da crise imobiliária, do que
atender a pauta de reivindicação dos movimentos sociais, cedendo grandes empréstimos
dos cofres públicos para empresas privadas que estão fazendo do Brasil o seu
quintal, ocupando áreas da união, inchando as cidades com seus prédios e
condomínios de luxo, que ao ser edificado, expropria as comunidades pobres de
suas áreas de vivência, explorar a mão de obra dos trabalhadores com condições
de trabalho, que estão muito longe do que rege as leis dos sindicais. Devido a
interesses pessoas, muitas direções também já se atrelaram a esses grupos
empresárias, fazendo com o trabalhador o que querem, com cargas horárias
excessivas, e com regras das próprias empresas, assediando o trabalhador
moralmente, atropelando direitos da própria constituição do trabalho, deixando
bem claro a todos “quem se reivindicar vai pra rua, quem fazer greve vai pra
rua”, onde na maioria das vezes, devido as sua condição de sobrevivência e de
sua família, acaba se omitindo, se calando perante a opressão e a exploração de
sua força de trabalho.
P/ Sonianke.