27 de dez. de 2013

JOVEM É ASSASSINADO CRUELMENTE APÓS PEDIR AJUDA NO HOSPITAL DA CRIANÇA EM SÃO LUIS.

No dia 25 de dezembro, 2013 por volta das três da manhã, fomos surpreendidos com uma noticia que nos deixou em clima de nostalgia entre a felicidade de esta se comemorando mais um natal que reflete em nossas lutas e conquistas e o sentimento de fraternidade entre nossas famílias mesmo na sociedade desigual em que nos vivemos. E a tristeza e dor de perdido mais um irmão de forma imprudente por um segurança, na porta do Hospital da criança, no bairro da Alemanha, sobre a alegação que o jovem estava tentando entra para roubar. Na verdade, Thaylon estava atrás de ajuda, após um surto causado pelo o uso de droga mais conhecida como crack, o jovem surtou e saiu correndo de dentro de seu barraco, no bairro da Fé em Deus, até encontra a morte da forma mais cruel com tiro na fronte, disparado pelo segurança do hospital, ao entra correndo no pátio e tentar entra no interior do Hospital. Na sua defesa o segurança acusou Thaylon da esta querendo roubar o hospital, empurrando a porta da frente na tentativa de entre no espaço, onde foi alvejado com um tiro na sua fronte direita, sem nenhum direito de defasa, pois o jovem não possuía arma alguma . Na visão de muitos de nossa comunidade onde o jovem residia, Thaylon foi assassinado de forma imprudente ao entrar no Hospital para pedir ajuda sobre o seu estado de surto, causado pelo uso da droga. Thaylon foi assassinado na porta da frente do Hospital da Criança, porta esta que dar acesso à recepção do Hospital que no momento estava fechada. Muitas versões sobre a morte de Thaylon estão sendo contadas, e como vizinho da vitima deixo aqui meus relatos sobre um pouco da vida do jovem em nossa comunidade.

Thaylon Cleber Santos Viera, jovem de 24, profissão Armador de Ferragens, residia com sua família na rua, Joaquim Serra no bairro da Fé em Deus, construindo um Barraco da Favela no final da mesma rua onde morava, onde o mesmo dizia pra muitos que era “meu barraco, minha vida”, após terminar de construir. Onde o mesmo também dizia que agora só faltava um emprego pra ficar de boa com a sua namorada, pois o sonho de ter conquistado sua casa tinha sido realizado, mesmo sendo num barraco de favela, onde todos associam a marginalidade, mais Thaylon estava muito feliz por essa conquista, que refletiu com a sua entrada na igreja evangélica, deixando de fazer o uso de droga. Malcolm X dizia que as poucas organizações que conseguia libertar as pessoas do vicio era a crença, e mesmo sem conhecer a os escritos de Malcolm X, Thaylon não fugiu a esta está lição, onde já passava vários meses que não fazia o uso da droga, desde a sua entrada na igreja, e eu como vizinho de Thaylon, sou prova real de sua mudança, mudança essa que tinha como objetivo apenas se liberta do uso da droga, pois Thaylon não roubava e não era bandido como se esta propagandeou, pelos programas policiais.

Onde o jovem tinha profissão, onde trabalhamos junto na obra da avenida quarto centenário, onde Thaylon entrou  como ajudante na equipe de ferragens, sendo classificado como profissional após mais de um ano na empresa. Em nossa comunidade temos muitos relatos sobre a vida de Thaylon que vão de contra a versão apresentada pelo segurança que o acusou de roubo, onde até no meu acordar todos os dias sempre escutava a voz do jovem lendo a sua Bíblia, onde muitas vezes me chamava para conversar sobre à vida.
EXIGIMOS JUSTIÇA, e que os fatos sejam apurados, para entendemos realmente o que aconteceu no assassinato do jovem THAYLON. Deixo aqui meu repúdio e esse sistema de segurança pública e privadaque primeiro atira pra depois saber o quem é e o que quer, mesmo sendo na entrada de um Hospital Público. Peço que o ministério público, a secretária dos direitos humanos olhe para este caso e não deixe os culpados impunes, pois o jovem Thaylon já foi sentenciado com a perda de sua vida.  “onde quer que lá esteja, vai está protegido”.

p/ Sonianke Sowander Diallo, vulgo mano Rap, vizinho da vitima e membro do Movimento de Hip Hop Quilombo Urbano.